Psicólogos da Universidade de Leeds disseram ter notado uma “impressionante” evidência de que alguns internautas desenvolvem uma compulsão na qual substituem a interação da vida real por salas de bate-papo e sites de relacionamento.
“Este estudo reforça a especulação pública de que o excesso de engajamento em sites que servem para substituir a função social normal poderia levar a transtornos psicológicos correlatos, como depressão e dependência”, disse a principal autora do estudo, Catriona Morrison, em artigo na revista “Psychopathology”. ”Este tipo de ‘vício em navegação’ pode ter um sério impacto sobre a saúde mental.”
Fonte : REUTERS
Quem de nós, por uma razão ou outra, não aderiu à moda das redes sociais? A moda atingiu em cheio os adolescentes, que adoram manter contato com seus amigos em sites como Facebook e Twitter. Por mais divertido que seja, o uso em excesso desses sites pode ser prejudicial e tem sido associado à depressão, dizem pesquisadores.
Um novo relatório da Academia Americana de Pediatria descreve um novo fenômeno conhecido como “depressão do Facebook “, no qual crianças e adolescentes que gastam uma enorme quantidade de tempo em sites de redes sociais acabam desenvolvendo sintomas de depressão.
“O fenômeno não é comum e a maioria das crianças se beneficiam com o site, pois são capazes de manter laços com os amigos e sentir uma conexão com sua comunidade”, explica Scott Campbell, professor de estudos de comunicação na Universidade de Michigan, Estados Unidos.
Porém, o uso pesado excessivo do Facebook, bem como outros riscos do mundo online como o “cyberbullying”, pode ter consequências graves. Por isso, é fundamental para os pais ficar envolvido na vida virtual de seus filhos.
“Como as crianças têm cada vez mais canais de comunicação com seus colegas online, é extremamente importante que os pais também mantenham a comunicação com seus filhos da mesma forma aberta. Assim, podem ter uma noção do que está acontecendo na vida de seus filhos, tanto online quanto offline “, aconselha Campbell.
O relacionamento com amigos se torna difícil nos anos de adolescência. Enquanto o Facebook permite que os jovens preservem e cultivem suas amizades, ele pode também alimentar a inveja, de acordo com Michael Brody, psiquiatra da infância e adolescência em Silver Springs, Maryland, Estados Unidos.
“As crianças se tornam muito competitivas no ambiente virtual e querem ser o centro das atenções”, alerta Brody.
O Facebook permite que os adolescentes acompanhem o sucesso de seus amigos, bem como o número de amizades aqueles amigos têm. “Isso configura uma coisa competitiva. As crianças podem se sentir menos do que eles são porque seus amigos parecem estar se divertindo mais do que elas”, diz Brody. “A ideia de inveja e ciúme é muito difundida e ampliada através desse meio”.
No entanto, é menos claro se o próprio Facebook leva à depressão ou se alguns adolescentes que já estão deprimidos são propensos a gastar demasiado tempo on-line.
“Como qualquer outra coisa na vida, muito tempo no Facebook – ou na Internet em geral, aliás – pode ser uma coisa negativa”, adverte Campbell. “Em geral, depressão e solidão são associadas a esses usuários frequentes da Internet, que permitem que a quantidade de tempo passados online interfiram em seus relacionamentos off-line”.
Uma maneira de potencialmente impedir as crianças de entrar neste tipo de depressão é ter a certeza de que elas se envolvam em uma variedade de atividades, recomenda Brody.
“As crianças que têm uma vida equilibrada, fazem lição de casa e atividades extra-curriculares, participam de clubes, serviços comunitários ou praticam esportes têm uma chance muito menor de desenvolver depressão”.
“Eu ficaria preocupado como pai se a única coisa que meu filho gostasse de fazer fosse ficar sentado na frente do computador usando o Facebook”, diz Brody. [LiveScience]
Por Bruno Calzavara em 26.04.2011 as 10:00
http://hypescience.com/redes-sociais-causam-efeito-colateral-raro-mas-grave-a-depressao/
----------------------------------------------------------------------
Redes sociais podem causar depressão
Quem de nós, por uma razão ou outra, não aderiu à moda das redes sociais? A moda atingiu em cheio os adolescentes, que adoram manter contato com seus amigos em sites como Facebook e Twitter. Por mais divertido que seja, o uso em excesso desses sites pode ser prejudicial e tem sido associado à depressão, dizem pesquisadores.
Um novo relatório da Academia Americana de Pediatria descreve um novo fenômeno conhecido como “depressão do Facebook “, no qual crianças e adolescentes que gastam uma enorme quantidade de tempo em sites de redes sociais acabam desenvolvendo sintomas de depressão.
“O fenômeno não é comum e a maioria das crianças se beneficiam com o site, pois são capazes de manter laços com os amigos e sentir uma conexão com sua comunidade”, explica Scott Campbell, professor de estudos de comunicação na Universidade de Michigan, Estados Unidos.
Porém, o uso pesado excessivo do Facebook, bem como outros riscos do mundo online como o “cyberbullying”, pode ter consequências graves. Por isso, é fundamental para os pais ficar envolvido na vida virtual de seus filhos.
“Como as crianças têm cada vez mais canais de comunicação com seus colegas online, é extremamente importante que os pais também mantenham a comunicação com seus filhos da mesma forma aberta. Assim, podem ter uma noção do que está acontecendo na vida de seus filhos, tanto online quanto offline “, aconselha Campbell.
O relacionamento com amigos se torna difícil nos anos de adolescência. Enquanto o Facebook permite que os jovens preservem e cultivem suas amizades, ele pode também alimentar a inveja, de acordo com Michael Brody, psiquiatra da infância e adolescência em Silver Springs, Maryland, Estados Unidos.
“As crianças se tornam muito competitivas no ambiente virtual e querem ser o centro das atenções”, alerta Brody.
O Facebook permite que os adolescentes acompanhem o sucesso de seus amigos, bem como o número de amizades aqueles amigos têm. “Isso configura uma coisa competitiva. As crianças podem se sentir menos do que eles são porque seus amigos parecem estar se divertindo mais do que elas”, diz Brody. “A ideia de inveja e ciúme é muito difundida e ampliada através desse meio”.
No entanto, é menos claro se o próprio Facebook leva à depressão ou se alguns adolescentes que já estão deprimidos são propensos a gastar demasiado tempo on-line.
“Como qualquer outra coisa na vida, muito tempo no Facebook – ou na Internet em geral, aliás – pode ser uma coisa negativa”, adverte Campbell. “Em geral, depressão e solidão são associadas a esses usuários frequentes da Internet, que permitem que a quantidade de tempo passados online interfiram em seus relacionamentos off-line”.
Uma maneira de potencialmente impedir as crianças de entrar neste tipo de depressão é ter a certeza de que elas se envolvam em uma variedade de atividades, recomenda Brody.
“As crianças que têm uma vida equilibrada, fazem lição de casa e atividades extra-curriculares, participam de clubes, serviços comunitários ou praticam esportes têm uma chance muito menor de desenvolver depressão”.
“Eu ficaria preocupado como pai se a única coisa que meu filho gostasse de fazer fosse ficar sentado na frente do computador usando o Facebook”, diz Brody. [LiveScience]
Por Bruno Calzavara em 26.04.2011 as 10:00
http://hypescience.com/redes-sociais-causam-efeito-colateral-raro-mas-grave-a-depressao/
Nenhum comentário:
Postar um comentário